Filha de policial, Paolla Oliveira enfrentou machismo para virar atriz

Paolla Oliveira afirma que a policial Jeiza de A Força do Querer a faz se sentir forte. A personagem é uma mulher que circula no universo masculino no trabalho e nas horas vagas, quando entra no ringue para lutar. Para a atriz, enfrentar o machismo e o preconceito é importante porque ela mesma teve de combater a visão que alguns homens têm das mulheres.
"Nasci em uma família cheia de homens, são três irmãos e um primo que cresceu com a gente, ao lado de um pai muito rígido, policial militar, onde a mulher normalmente não teria voz. Eu briguei para ser atriz. Eu tive voz em casa e ensinei meus irmãos a fazerem diferente. A minha parte eu fiz", conta Paolla.
José Everardo, pai da loira, mantém distância da fama. Não deu apoio à filha quando ela escolheu atuar, em vez de seguir carreira como fisioterapeuta. Mas ele também não proibiu Paolla de ir atrás do seu sonho. "Eu agradeço essa barreira que enfrentei porque tive de ter muita vontade para ir atrás do que eu queria", lembra-se.

A beldade não quer levantar bandeira do feminismo. Diz que Jeiza abre uma discussão sobre o tema, mas ela é somente uma mulher moderna.
"Fazer uma policial e que luta é bom, mas mais do que isso, essa é uma mulher que vai ter seus problemas, vai chorar e ter um conflito amoroso."
Paolla está se referindo à relação conturbada de Jeiza com Zeca (Marco Pigossi). Eles se estranham nas primeiras cenas. O caminhoneiro virará seu vizinho após desistir de se casar com Ritinha (Isis Valverde), mas sempre olhará para ela com negação. Zeca acha que lugar de mulher é dentro de casa, cuidando do marido e dos filhos.
"A relação dela com o Zeca não é do jeito certo. Os dois se detestam, até porque são muito parecidos, são marrentos. E, aí, acontece um amor às avessas, aquele mais genuíno, amor à segunda vista", fala.
A atriz conta que muita gente perguntado se Jeiza é homossexual, principalmente porque é uma lutadora de MMA (abreviatura em português para artes marciais mistas), só que ela não é.
"As pessoas misturam o esporte com a sexualidade. Se ela fosse gay, não teria problema. Se vai migrar para isso e vou me apaixonar pela Isis Valverde na trama, não sei. Por enquanto, não. Então, é legal colocar cada coisa em seu lugar. As pessoas são preconceituosas e criam ligações que não fazem o menor sentido", reclama a atriz.

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